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21 de mai. de 2017

Resenha: A Cruz de Fogo


Contém spoilers

O quinto romance da série Outlander inicia-se no num dia muitíssimo longo em que ocorre uma assembleia (the gathering). A contagem de tempo desse livro é extremamente lenta, tanto é que um dia soma vários acontecimentos e o aparecimento de muitos personagens. A mesma situação acontece com o dia do casamento de Jocasta, tia de Jamie, que ocorre mais na frente. A assembleia e o casamento de Jocasta são os dois principais eventos da trama e a maioria dos conflitos resume-se à problemática diária de tratar com as famílias dos arrendatários e a preparação para guerra. Assim, A Cruz de Fogo acaba sendo um dos livros que menos agradam os fãs de Outlander, e confesso que é o que eu menos gosto também. Se você já leu e não gostou, não se desanime, porque o sexto livro tem um ritmo completamente diferente.


Capa original da edição atual


Diana cansou de torturar Jamie, e, nesse romance foi a vez de Roger sofrer mais um pouco. Ele acaba sendo enforcado como traidor, mas por sorte, Claire consegue salvá-lo por meio de uma cricotireotomia (acesso cirúrgico para a traqueostomia). Entretanto, ele perde a voz por um tempo e quando a recupera, já não consegue cantar como antes. Assim, o casamento entre Bree e Roger acaba passando por uma fase mais conturbada com as tentativas de aproximações de Brianna de seu marido pesaroso com a perda de algo com o qual muito se orgulhava. Dentre as descobertas trazidas por esta história vem o fato que Jemmy pode muito provavelmente viajar através das pedras como seus pais. A conclusão do livro traz uma linda declaração de Jamie para Claire:

“ Quando realmente chegar o dia em que tenhamos que nos separar – ele disse ternamente, virando-se para olhar para mim – , se minhas últimas palavras não forem ‘Eu a amo’, você vai saber que foi porque não tive tempo.”
Apesar de A cruz de fogo ser o livro que eu menos gosto da série como um todo, esse é o meu final favorito até agora dentre a trama de Diana.


Capa da primeira edição de A Cruz de Fogo(Rocco)


Assim, como os outros livros, a Cruz de fogo tem um tema e um formato. Diana escreve em The Outlandish companion v.02, que o quinto livro tem a forma de um arco-íris: começa com um dia bastante longo e as várias tramas do enredo desenvolvem-se a partir dele. Quanto ao tema, é bem claro que é sobre comunidade, já que todo o enredo gira em torno de grandes encontros, convivência e o modo de vida da família e seus arrendatários em Fraser’s Ridge. Diana explica em the Outlandish companion v.02 (tradução nossa):

“A Cruz de Fogo continua o senso de “construção” dos livros, do namoro, ao casamento, à família e agora à formação de uma comunidade, conforme Jamie reivindica seu destino original como laird e líder, sustentáculo e protetor de uma comunidade. Vimo-lo fazer isso (brevemente) em Lallybroch e então durante os anos depois de Culloden, quando ele liderou os prisioneiros em Ardsmuir, e os manteve (na sua maior parte) sãos e vivos ao forjá-los em uma comunidade. Jamie foi sempre definido (para ele mesmo, assim como para o leitor) pelo seu forte senso de responsabilidade e aqui nós o vemos em pleno funcionamento, conforme ele junta arrendatários para sua terra, Fraser’s Ridge, com a ajuda (e obstáculo ocasional de arrepiar os cabelos) dos viajantes do tempo de sua família. Assim como em qualquer história que vale a pena, a autodefinição de um protagonista (quer seja uma pessoa ou um grupo) é um processo tanto de descoberta, como de conflito. Pedras no caminho, oposição e perigo são as ferramentas que a natureza usa para esculpir uma personalidade marcante da pedra nativa. E assim nós vemos não apenas a formação da comunidade de Fraser’s Ridge (um paralelo e microcosmo da América emergente), mas a luta individual de Jamie, Claire, Brianna, Roger e outros, para se encaixar no seu ambiente em mudança, e preservar suas próprias identidades e descobrir suas vocações no processo.”


O que o leitor pode apreciar na comunidade dos colonos de Jamie é tanto a atividade comum da caça, preparação de comida, cuidado com as crianças, quanto as situações mais extraordinárias que costumam acompanhar os Frasers como assassinatos, roubos, mistério e guerra iminente. Finda que A Cruz de fogo seria um livro de transição da série: traz informações necessárias para os próximos livros, mas por si só não é algo muito atraente.


A editora Arqueiro publicou “A Cruz de fogo” no Brasil em dois tomos.


Capas das edições brasileiras atuais - Arqueiro

Por Tuísa Sampaio

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REFERÊNCIAS:

GABALDON, Diana. The Fiery Cross. Nova York: Dell, 2005.
GABALDON, Diana. The Outlandish Companion. 2. ed. New York: Delacorte Press, 2015.V.1.
GABALDON, Diana. The Outlandish Companion. New York: Delacorte Press, 2015. V.2.





20 de jan. de 2017

Pré-venda do livro A CRUZ DE FOGO


O quinto livro da série Outlander já está disponível em pré-venda na Amazon. A Cruz de Fogo será dividido em duas partes, o primeiro volume tem mais de 800 páginas.



UMA HISTÓRIA SOBRE LEALDADE
O ano é 1771. Na Carolina do Norte, conserva-se a duras penas um frágil equilíbrio entre a aristocracia colonial e os esforçados pioneiros. E entre esses dois lados prestes a entrar em conflito está Jamie Fraser, um homem de honra exilado de sua amada Escócia. Convocado a liderar uma milícia para conter as insurgências, ele sabe que quebrar o juramento que fez à Coroa inglesa o tornará um traidor, mas mantê-lo será a certeza de sua ruína.

A guerra se aproxima, garantiu-lhe sua esposa, Claire Randall. E, mesmo não querendo acreditar nesse triste futuro, Jamie Fraser está ciente de que não pode ignorar o conhecimento que só uma viajante do tempo poderia ter. Afinal, a visão única de Claire já os colocou em risco, mas também lhes trouxe salvação.

A cruz de fogo é uma envolvente história sobre o empenho de Jamie em proteger sua família, construir uma comunidade e manter suas terras às vésperas de um conflito histórico. Nesses esforços, ele é ajudado por sua mulher, sua filha Brianna e seu genro Roger MacKenzie, que nasceram no século XX e agora tentam se adaptar à tortuosa vida do século XVIII.


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