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26 de abr. de 2016

Livros X Série de TV: Episódio 3 Useful occupations and deceptions...



Episódio 03 - Useful ocuppations and deceptions (Ocupações úteis e trapaças - tradução oficial da edição brasileira por Geni Hirata)
       
       

Os acontecimentos dos episódios dois e três foram entrelaçados em questão dos capítulos. Para quem leu a comparação do livro x série de TV em relação ao episódio dois, já percebeu que alguns acontecimentos negligenciados do capítulo oito, quando vemos em ordem cronológica, foram acrescentados neste episódio. Sendo estes a descoberta da venda de cáscara-sagrada em vez de veneno por Mestre Raymond (que deveria acontecer em seu primeiro encontro com Claire e acaba por acontecer em algum encontro seguinte) e da relação de Mary Hawkins e Black Jack que ocorre em uma animada conversa entre Louise, Claire e Mary sobre sexo (a tal conversa ocorre de fato no capítulo doze entre Mary e Claire apenas, mas Claire já estava ciente de quem era Mary) e a qual no capítulo oito do livro, Claire tem a lembrança logo após uma conversa com o tio de Mary.

       
       
O título deste episódio acaba sendo uma união dos nomes dos capítulos onze (Useful occupations- Ocupações úteis) e treze (Deceptions- pela tradução da edição brasileira: “Trapaças”).


Esse episódio finda assim utilizando informações contidas no capítulo oito, mas a maior parte vai do onze, doze, treze e quinze (In Which Music Plays a Part-No qual a música desempenha um papel-tradução da edição brasileira). Seguindo o mesmo esquema dos textos anteriores, vamos explanar com as principais comparações como os acontecimentos dos capítulos foram se encaixando (ou não) neste episódio:
       
       


  • L’Hôpital des Anges: no capítulo onze de A Libélula, Claire informa a sua ida ao hospital antes de realmente ir , tendo sido uma sugestão do cantor Herr Gerstmann (o cantor não apareceu em nenhum episódio até agora). Jamie não gosta da ideia. Ocorre então uma extração parcial do diálogo do livro que é posto no episódio, só que a cena na TV acontece quando Jamie descobre que ela passou o dia lá. Assim enquanto no livro ela aguarda permissão dele para ir, que só é dada após o incidente “Honeypot”, na série a discussão ocorre na volta, sendo a sugestão da visita do Mestre Raymond. Algo que Jamie diz no diálogo no livro me chamou atenção para o seu comportamento durante o episódio. Em sua chateação com Claire, ele fala “Sinto-me como se estivesse lutando contra o vazio”. É basicamente essa descrição que eu percebi pelo mau humor dele (que na série de TV ele expressa afirmando que não se sente útil), quando Charles escondeu informações dele no episódio. É o seu sentimento de solidão expresso no livro que acabou explodindo em Claire no episódio sem ser posto literalmente em palavras. E é quando esse ponto se resolve que começamos a ver o caminho de Claire e Jamie de volta um para o outro no fim do episódio.

       
       
  • O exame de urina: a primeira vez que Claire vai ao hospital no capítulo doze (Hôpital des Anges), ela vai acompanhada de Mary, o que não acontece no episódio, provavelmente como forma de economizar tempo. Ocorre a cena em que Claire faz o exame de urina, provando-a de forma bem semelhante a que ocorre na série. Diferencia-se que quem presencia o exame é Irmã Angelique e Mary, enquanto na série de TV é Madre Hildegarde.
       
       

  • Bouton: descrito no livro dois, capítulo doze, como o cruzamento de um poodle com um bassê, ele foi uma das surpresas maravilhosas desse episódio. O cachorro escolhido é exatamente como eu imaginava, e serviu como uma luva no papel de farejar doenças, assim como no livro. A cena em que Bouton encontra uma infecção em um rapaz com a perna quebrada realmente ocorre no capítulo doze de forma bem equivalente à deste episódio.
       
     

  • Fergus: a cena em que Jamie conhece Fergus (ou Claudel) é contada a Claire no capítulo doze de A libélula, já que 99% do livro é narrado por ela, como na série mostra-se cenas em que ela não está presente, pudemos presenciar o momento em que Fergus entra nos planos de Jamie. Achei o ator (Romann Berrux) bem parecido com a descrição do livro (exceto a cor dos olhos e o fato de ele falar inglês, mas acredito que este último seja para economizar nas legendas e poupar o francês de Sam que não é nem um pouco nativo como o de Jamie). Entretanto o momento que Claire conhece Fergus é diferente, visto que no livro a Sra. Fraser encontra Jamie e Fergus em uma partida de bilboquê na sala, enquanto no episódio Fergus está comendo frango na mesa. Outro detalhe é que de acordo com a história contada por Jamie a Claire, ele entra no bordel em uma tentativa de fugir de homens que o perseguiam. Estando de posse apenas de uma salsicha enorme como arma, ali conhece o “wee” Fergus, que o ajuda a sair do ambiente em que inúmeras mulheres se assustaram com a presença dele e da salsicha (foi uma pena não ver esta cena, mas ela não é essencial à história a ponto de macular o episódio com a sua retirada).
       
       

  • A decodificação da música: no capítulo quinze, Jamie realmente leva uma partitura para ser decodificada por Madre Hildegarde por sugestão do amigo cantor da Madre, Herr Gestmann. Entretanto ao entrar no hospital, ele dá de cara com um Bouton raivoso. Esta seria uma cena realmente cômica de se ver nas telas. A diferença será que Claire passa a noite no hospital para ajudar Madre Hildegarde com a decodificação, enquanto neste episódio, Madre Hildegarde ilumina o caminho por onde eles têm que começar, e Murtagh, Jamie e Claire o completam sozinhos. Essa sequência de cenas-Jamie chegando e encontrando Claire trabalhando, Jamie pedindo ajudar de Madre Hildegarde, a ajuda em si e a descoberta do código- ficou muito bem feita apesar das diferenças em relação ao livro. Partindo do raciocínio que mencionei no trecho sobre L’Hôpital des Anges em que Jamie se sente sozinho, pude perceber os pequenos sorrisos que ele dava a Claire cada vez que ele percebia que ela compreendia algo, que ela tinha respostas, como sempre que ela tornava-se sua luz. E esses pequenos sorrisos, para mim, eram a dica que mostrava que eles estavam se unindo novamente, que ele estava começando a enxergar algo naquilo que antes era escuridão. Pela evidência mais concreta de sua união marcada com um grito de “Sandringham”, quando descobriram o ponto final da carta, eles se encontram e Jamie não está mais sozinho. Seja sozinho por se sentir perdido, pois agora ele tinha um conhecimento concreto; seja sozinho por estar sem Claire, pois agora ele com sua gratidão em relação a ela, tira a capa do rancor que sentia pela sua ausência. Juntos, no mesmo ponto da linha de largada finalmente. Espero que vejamos nos próximos episódios o amor destes dois de forma mais explícita, mais carinhosa, com mais diálogos apaixonados do livro.

       
     




Duas cenas que não apareceram neste episódio que estavam no capítulo catorze do livro (que foi esquecido para construção de “Useful Occupations and deceptions”) que mais eu senti falta foram a de Jamie pedindo para Claire alimenta-lo em seus seios depois que a criança nascesse (pela coerência da série de TV em que eles ainda estão achando o caminho de volta um para o outro realmente seria estranho encaixar neste episódio) e a surra de Fergus. Vão entrar na fila de cenas que eu estou na torcida que apareçam nos próximos episódios.


       
       



A tendência é que sejam colocados mais alguns extratos de alguns pontos desta seção do livro dentro do próximo episódio da mesma forma como retornaram ao oito no episódio três, além do prosseguimento nos capítulos seguintes. Possivelmente, a entrada de fatos do capítulo catorze, eu espero.




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