Livro x Série de TV- episódio 03: The false bride
Contém spoilers dos livros e do episódio
O nome desse episódio remete a uma canção folclórica das ilhas britânicas também conhecida como “I Once loved a lass”, esta é a música que Roger canta ao se apresentar no festival escocês. Esta semana o roteiro volta algumas páginas e adapta um trecho da parte II (passado imperfeito) que havia sido pulada no primeiro episódio (capítulos três e quatro) para a linha temporal de Brianna e Roger, além da parte VI (Je t’aime- capítulos dezessete e dezoito). Já para Claire e Jamie, foram utilizados os capítulos da parte V (morangos silvestres- capítulos 14, parte do 15 e do 16) e o capítulo 23 (o crânio sob a pele). Como esse episódio teve duas linhas de tempo, vou dividir o texto a partir delas.
- Roger e Brianna (1969-1970)
A primeira diferença é que os fatos referentes a Roger e Brianna no livro se passam em 1969, enquanto na série já é 1970. Além disso, a produção uniu os acontecimentos deles referentes a junho/julho de 69 em Boston (parte II) e dezembro de 69 em Inverness (parte VI). O capítulo três (o gato do reverendo) inicia-se com a ligação telefônica de Roger avisando a Brianna que ele iria para os Estados Unidos a trabalho e se ela teria interesse em vê-lo. Brianna comenta com ele que havia sonhado com Jamie, justamente por ele ser a única pessoa capaz de compreender sua história. Esse diálogo não aparece na série, uma vez que além de cortado, foi invertida a ordem dos acontecimentos do livro. A primeira cena de Roger em Inverness é na verdade o início da parte VI e falarei dela mais a frente. É já no terceiro capítulo que sabemos que Brianna mudou o curso de História para Engenharia no MIT através da narração dela; no episódio, é Fiona quem comenta isso para o marido para passar o conhecimento ao telespectador.
“Quando voltara para Boston, sozinha, e retomara os estudos, engenharia lhe pareceu uma escolha muito mais segura que história; concreta, baseada em fatos, tranquilizadoramente imutável. Acima de tudo, controlável.”
Brianna vai pegar Roger no aeroporto com sua amiga Gayle em torno de um mês após a ligação dele; na série, ela o encontra sozinha. Eles seguem para o local do festival, onde Roger irá se apresentar, de carro, alguns dias após a chegada no aeroporto, enquanto brincam de um jogo escocês chamado “o gato do reverendo” que aparece no episódio, a diferença maior desta cena em relação ao livro foi que enquanto no último Brianna estava dirigindo, no primeiro é Roger quem o faz, assim como quem toma a iniciativa do beijo no livro é Roger, ao contrário da série. Além da brincadeira do gato, no livro, Brianna também comenta sobre os pais. Uma curiosidade é que no capítulo, ela fala de onde surgiu o termo “coccigodinio”. Era uma expressão que Claire usava referente a dor no cóccix. Ela costumava chamar assim o pessoal da administração do hospital, uma forma chique de falar “pé no saco”, ou em inglês, a expressão seria “pain in the ass” , tradução literal “pé na bunda” faz mais sentido. Para gente pé na bunda tem outro significado, assim a tradução não ficaria tão perfeita.
No capítulo quatro (uma explosão do passado), eles finalmente chegam ao festival escocês. Ele inicia-se com a arrumação de Roger, que no episódio eles pularam. Em ambas as mídias, Brianna comenta sobre sua mãe sempre ter falado que homens em kilts são irresistíveis e Roger fica preocupado em como Brianna irá se sentir em meio a tantas coisas escocesas. Entretanto, o resto do diálogo é diferente do da série. Eles falam sobre as origens escocesas de Brianna, sobre comida típica, kilts e os sobrenomes de Roger. Antes de Roger cantar, ele entrega a Brianna uma fotografias de Frank e Claire, o que no episódio não aparece. Também, a escolha de música foi diferente, entre as várias citadas no livro, nenhuma é “the false bride”, a escolhida da série. Acredito que a escolheram muito provavelmente por falar de um amor perdido enquanto Brianna para ele no final do episódio parecia ser algo assim, e pela referência aos morangos. Ademais, Roger além do violão levou também um Bodhran, o que no episódio não apareceu. Logo em seguida a apresentação de Roger, há o chamado dos clãs, o que teve sua ordem invertida no episódio, o que me mais se destacou de diferente neste ponto (sem contar a discussão de Roger e Brianna que no livro ainda não tinha acontecido) foi que no capítulo quatro, durante o chamado, há o grito de “Os frasers estão aqui” e na série isso foi cortado. Talvez para não desviar a atenção de Brianna da carga emotiva que havia sido o diálogo com Roger. Devido à discussão, acredito que tenha sido por isso que retiraram a cena em que eles veem o homem andar na lua pela primeira vez na casa de Joe Abernathy, já que em Os tambores do Outono, essa briga só ocorre na parte VI, portanto, os acontecimentos do capítulo cinco foram excluídos da adaptação.
Vamos então para o mês de dezembro em Inverness no capítulo dezessete (em casa para as festas de fim de ano) da parte VI, os quais foram parcialmente representados em um mesmo dia em sua maioria nos Estados Unidos na série. Brianna foi passar o natal em Inverness com Roger e acabou o ajudando a esvaziar a casa a qual seria devolvida a paróquia que iria alugar para Fiona e Ernie. Entre os achados da mudança estavam livros escritos por Frank Randall autografados. Na série, como tudo ocorreu em um dia, só aparece Roger entregando a chave da casa a Fiona e Ernie, e Brianna não vai à Escócia. Enquanto Bree está na antiga casa paroquial, visitando Roger, ela recebe uma carta da biblioteca, onde procurava informações sobre seus pais no passado, com isso o casal finda por conversar sobre a falta que sentem de seus pais, o que no episódio foi cortado. Também retirada da adaptação foi o encontro dos dois nos corredores da casa quando Brianna estava apenas de toalha. Porém a queda deles dois que aparece nas telas quando Roger aperta a bunda de Bree foi baseada na da cena da toalha, que termina por fazer parte dessa cobertura cair. Assim como o pedido de Brianna por algo mais e as palavras de Roger sobre querer algo melhor para a primeira vez. Foi logo depois deste “incidente” que os pensamentos de Roger começam a pensar na ideia de pedi-la em casamento primeiro, no entanto, ele nada fala. Por enquanto. O capítulo dezoito (Luxúria indecorosa) continua com a ida dos dois a igreja. No retorno para casa, Roger fala que a ama e a pede em casamento. Na série, isso ocorre após a queda e a interrupção do quase sexo entre eles. A discussão que eles têm após a recusa dela é bem semelhante em ambas as mídias.
“Foi um grande esforço para ele se virar e olhar para ela. Não queria um consolo vazio, não queria ouvir uma sugestão para que fossem amigos. Ele achava que nem sequer conseguiria olhar para ela, de tão grande que era a sensação de perda. Mas Roger se virou mesmo assim, e então, ela estava contra ele, as mãos frias nas suas orelhas enquanto Brianna segurava a cabeça dele e o beijava com força, não tanto um beijo, mas uma loucura desenfreada, estranha e desesperada.
Ele segurou as mãos dela e as puxou para baixo, para afastá-la dele.
— Que tipo de brincadeira é essa? — A raiva era melhor do que o vazio, e Roger gritou com ela na rua vazia.
— Não estou brincando! Você disse que me desejava. — Ela puxou o ar. — Também desejo você, não sabe disso? Eu não disse isso no corredor essa tarde?
— Achei que sim. — Ele olhou para Brianna. — O que diabos você quer dizer?
— Quero dizer... quero dizer que quero ir para a cama com você — disse ela de uma vez.
— Mas não quer se casar comigo?
Ela balançou a cabeça, pálida como um fantasma. Algo entre nojo e fúria fervia dentro dele, e então, entrou em erupção.
— Então, não quer se casar, mas quer trepar comigo? Como pode dizer isso?
— Não use esse palavreado comigo!
Palavreado? Você pode sugerir uma coisa dessas, mas não posso dizer a palavra? Nunca fui tão ofendido. Nunca!
Brianna estava tremendo, mechas de cabelo se grudavam ao seu rosto devido à umidade.
— Não quis ofendê-lo. Pensei que você quisesse...
Roger agarrou os braços dela e a puxou para si.
— Se eu só quisesse foder você, eu teria feito isso uma dezena de vezes no verão passado!
— Até parece! — Ela puxou um dos braços e deu um tapa forte no rosto de Roger, deixando-o surpreso.
Ele agarrou sua mão, puxou-a na direção dele e a beijou, com muito mais força e por muito mais tempo do que qualquer outro beijo que haviam dado antes. Ela era alta, forte e estava furiosa... mas ele era mais alto, mais forte e estava muito mais furioso. Brianna se debateu, e ele a beijou até se sentir pronto para parar.
— Até parece — disse ele, puxando o ar quando a soltou.
Passou a mão na boca e deu um passo para trás, tremendo. Havia sangue em sua mão. Ela o mordera sem que ele sentisse nada.
Brianna também estava tremendo. O rosto estava pálido, os lábios contraídos tão fortemente que nenhuma expressão ficava visível em seu rosto, apenas os olhos escuros ardendo.
— Mas eu não fiz isso — continuou ele, respirando mais lentamente. — Não era o que eu queria. Não é o que quero. — Passou a mão sangrando na camisa. — Mas se você não se importa o bastante para se casar comigo, então não me importa tê-la em minha cama!
— Eu me importo!
— Até parece.
— Eu me importo demais para me casar com você, seu idiota.
— Você o quê?
— Se eu me casar com você, se eu me casar com qualquer pessoa, é para sempre, entendeu? Se eu fizer um juramento desses, manterei minha palavra, custe o que custar!
Lágrimas escorriam do rosto de Brianna. Roger pegou um lenço no bolso e o entregou a ela.
(...)
Sei — respondeu ele. — E se não quiser aprender algumas expressões bastante grosseiras... desembuche. O que quer dizer ao fazer uma sugestão dessas... e você, uma moça católica, recém-saída da missa! Pensei que fosse virgem.
— Eu sou! O que isso tem a ver?
Antes que ele pudesse responder a essa ousadia, ela disse mais uma.
— Não me diga que nunca dormiu com outras garotas... eu sei que sim!
— Sim, dormi! Eu não queria me casar com elas e elas não queriam se casar comigo. Eu não as amava e elas não me amavam. Mas eu amo você, droga!
Ela se recostou no poste, com as mãos atrás do corpo, e olhou diretamente nos olhos dele.
— Acho que eu também amo você.
Roger não percebeu que estava prendendo a respiração até soltá-la.
— Ah, você acha. — A água havia se condensado nos cabelos dele, e gotinhas de gelo desciam por seu pescoço. — Hummm, sei, e a palavra mais forte aqui é “acho” ou “amo”?
Ela relaxou um pouco e engoliu em seco.
— As duas.
Brianna levantou a mão quando ele começou a falar.
— Eu acho... mesmo. Mas não paro de pensar no que aconteceu com a minha mãe. Não quero que isso aconteça comigo.”
No livro, após a briga entre eles, as coisas se acalmam e Roger fala que vai esperar por ela (o que não ocorre no episódio), pois ele quer tê-la completamente ou não a terá de forma alguma (o que ele diz também na série). É quando então ele dá a pulseira com os dizeres em francês a ela, o que em “the false bride” acontece logo antes da discussão.
Eu não gosto muito da linha temporal de Roger e Bree nesta parte do livro, começo a me entreter mais com eles apenas no segundo tomo, qual não foi a surpresa que na série eu acabei gostando mais da história deles neste episódio do que da Jamie e Claire. A trilha sonora se encaixou perfeitamente e o clima de tradição escocesa em meio a músicas e o visual dos tartãs, o chamado dos clãs, tudo isso trouxe uma emoção a mais, principalmente quando espero que eles coloquem o segundo chamado dos clãs que eles responderão mais adiante.
- Jamie e Claire (1767)
Após a morte de Rufus no episódio anterior, Jamie e Claire decidem partir de River Run e buscar outras formas de ganhar a vida, visto que ser donos de escravos não era algo que condizia com o caráter deles. Assim, os Fraser vão embora deixando para trás uma Jocasta bastante chateada com Claire, achando que por culpa dela, Jamie não aceitava River Run. No livro, a saída de River Run carrega outros motivos. As quase trinta páginas finais do capítulo treze foram cortadas, em que nossos protagonistas, em um passeio de barco, atracam na serraria e encontram uma jovem morrendo em resultado de um aborto. O procedimento havia sido realizado por uma mulher, uma escrava, que Claire descobriu se chamar Pollyane e a quem os Fraser ajudam a escapar da região e de um destino parecido ao de Rufus, levando-a para as montanhas, a viver com os índios. Myers e jovem Ian os acompanharam como no episódio. Com o corte dessa parte final do capítulo treze também tiraram as calças e o sutiã improvisado que Claire cria para cavalgar e o diálogo que ela tem com Jamie que estava achando absurdo ela usar calças.
“ O que, exatamente, você está fazendo, Sassenach? E o que, pelo amor de Deus, você está vestindo? — Jamie, de braços cruzados, estava recostado na porta, observando-me com as duas sobrancelhas erguidas.
— Estou improvisando um sutiã — disse com dignidade. — Não quero andar a cavalo pelas montanhas de vestido, e se não vestir faixas, não quero que meus seios fiquem balançando o caminho todo. É bem desconfortável.
— Imagino. — Ele entrou no quarto e caminhou ao meu redor a uma distância segura, olhando para os membros inferiores com interesse. — E o que é isso?
— Gostou? — Coloquei as mãos nos quadris, desfilando com a calça de cordões de couro que Phaedre fizera para mim — rindo histericamente enquanto a fazia —, com pele macia de gamo fornecida por um dos amigos de Myers em Cross Creek.
— Não — respondeu ele com sinceridade. — Você não pode sair com... com... — Ele fez um gesto sem dizer nada.
— Calças — completei. — É claro que posso. Eu usava calça o tempo todo em Boston. São muito práticas.
Ele olhou para mim em silêncio por um momento. E então, muito lentamente, caminhou ao meu redor. Por fim, sua voz soou atrás de mim.
Você as usava fora de casa? — perguntou ele, incrédulo. — Onde as pessoas viam?
— Sim — respondi contrariada. — Assim como a maioria das outras mulheres. Por que não?
— Por que não? — perguntou ele, escandalizado. — Consigo ver a forma das suas nádegas e até a divisão entre elas, pelo amor de Deus!
— Também vejo as suas — falei, virando-me de frente para ele. — Tenho visto seu traseiro de calça todos os dias há meses, mas só de vez em quando essa visão faz com que eu aja de modo indecente em relação a sua pessoa.
Jamie contraiu os lábios, sem saber se deveria rir ou não. Aproveitando a indecisão, eu dei um passo à frente e envolvi a cintura dele, apertando seu traseiro com vontade.”
No episódio, antes de partirem de River Run, jovem Ian convence Jamie a ficar com eles nas treze colônias e escreverá uma carta aos pais avisando, na resenha passada eu comentei que Ian acaba ficando a pedido de seu pai que escreve a Jamie com medo que se o menino retornasse ele poderia ser levado a servir o exército. A jornada começa no capítulo 14 (fuja da ira que está por vir), primeiro da parte V (morangos silvestres). Durante o trajeto a fala de Myers sobre a região que eles estavam passando ter pertencido aos tuscarora, mas que havia sido roubada pelos Cherokee, é extraída deste capítulo, entretanto, no livro ela é feita como uma suposição e não, como uma certeza, quando eles atravessam o que parecia ser uma vila devastada. Assim, como é nele que Jamie pergunta se John sabe falar mohawk e ele comenta que um pouco. No episódio, o mohawk foi substituído por cherokee. No episódio, Myers comenta que são as mulheres cherokee que escolhem com quem se deitam, no capítulo essa fala está presente, porém referente aos tuscaroras e mohawks e o contexto é diferente. Myers fala isso para tranquilizar Claire e Jamie que Pollyane não corre o risco de ser estuprada pelos índios quando entregue para ser adotada por eles. Enquanto no episódio, jovem Ian pede permissão ao tio para acompanhar Myers em seu comércio com os índios; no capitulo, jovem Ian comunica que Myers o convidou para ir com ele entregar Pollyane aos índios.
Enquanto no episódio, Claire e Jamie conversam sobre a escolha de profissão de Brianna; no capítulo 15 (nobres selvagens), o diálogo é sobre a hora de nascimento de Jamie, de Claire e a de Brianna e por fim, sobre morte. Claire, ao longo da conversa, conta um pouco sobre o parto da filha para ele. O casal também é atacado por um urso, algo que por enquanto, foi cortado da série. Considerando o que se segue neste capítulo e a cena que aparece na promo dos três índios caminhando em direção aos Fraser, pode ser que o urso seja incluído no próximo episódio. Uma coisa é certa, parte deste capítulo aparecerá semana que vem.
Após os índios terem ido embora, Jamie e Claire no outro dia continuam seu caminho e encontram morangos silvestres no capítulo dezesseis (a primeira lei da termodinâmica) algo que também ocorre na série. Em ambas as mídias, Jamie faz uma descrição de para que cada pedaço da terra serviria. No livro, Claire pergunta então se Jamie acha que eles deveriam aceitar a oferta do governador. E ele lhe responde com outra pergunta, se ela acreditava em sinais, porque ele enxergava essa terra como um, pois os morangos era o símbolo dos Fraser e conta a história do Monsieur Frésilière, este último também ocorre na série. No episódio, Jamie faz uma afirmação sobre ter que aceitar a oferta. No capítulo, o casal se deita no chão e o texto dá a entender que eles fazem amor, o que foi cortado das telas. No dia seguinte, eles têm a conversa sobre morte que leva a ao trecho sobre a primeira lei da termodinâmica que foi encaixado em “America the beautiful”.
A história do crânio que Claire acha foi tirada do capítulo 23, ela estava voltando de um atendimento médico na casa dos Mueller no ano seguinte (1768), quando uma tempestade assustou seu cavalo, que a jogou no chão e fugiu. Claire encontra a caveira quando vai buscar seus sapatos após passar a noite em um pequeno abrigo e fica conversando com ela como distração, uma vez que estava perdida, junto com ela também encontrou uma opala. Com o tempo, ela percebe que seus sapatos desapareceram. Assim como no episódio, Claire também vê um índio ou o espírito de um. Jamie e jovem Ian a encontram no outro dia com a ajuda de Rollo. Quando eles retornam a Fraser’s ridge, o cavalo fujão já está lá e passa a ser chamado de Judas. Duncan Innes o havia achado e trazido para casa.
Na cabana, Claire vai examinar o crânio e encontra as obturações de platina, algo que não era daquele século ainda; no episódio ela também as encontra e as mostra a Jamie, o que os faz acreditar que o morto era assim como Claire um viajante do tempo.
Com o final desse episódio o sonho de lar de Jamie e Claire começa a se moldar à ideia de uma terra que possa ser sua, onde possam se assentar e envelhecer juntos, Fraser’s ridge. As treze colônias da América foi para muitos naquela época a chance de um recomeço e de uma vida melhor, o que hoje talvez no imaginário continue sendo. O sonho americano. O desejo de prosperar. A terra que foi construída com o suor e sangue dos imigrantes ingleses, escoceses, irlandeses, italianos, franceses, alemães... dos escravos africanos e dos nativos. Uma mistura cultural a qual tenho esperança de ser bem explorada no seriado da mesma forma que foi no livro. A nação que assistiremos ser construída. As histórias de amor que forjarão seu crescimento. A guerra que permitirá sua independência. A família que lutará pela liberdade do seu lar. O tempo que ore os une, ora os separa. O sonho que os mantém de pé. Essa e as próximas temporadas prometem muitos tremores, choros, risos e emoções. Espero que a produção consiga trazer bem a essência do casal e da luta histórica que os acompanha.
Por Tuísa Sampaio
Por Tuísa Sampaio
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